Homens, acordem! II
A alegria de ser homem e mulher, na relação amorosa e nas
novas parcerias (homo e hetero) passa por uma série de estágios onde o brincar
e a realidade se alternam de tal forma que a criatividade não se vê
comprometida pelo medo de ser. Isso por si só é transformador. Não se deve ser duro demais com os neuróticos mais
comprometidos pois não têm consciência das motivações infantis que os movem a serem
o que são. Mas, precisamos de choques de realidade capazes de despertar a
consciência de que os joguinhos de amor aprendidos na infância não servem para
dar sustentabilidade a relação amorosa,
que requer capacidade de transformação e criatividade. Os menininhos e
menininhas que faziam performances de amor para seus pais e professores atuam
inconscientemente nos adultos trazendo o
efeito contrário da sua demanda. O “principezinho da mamãe” acaba por
decepcionar a mulher adulta que quer um
parceiro capaz de compartilhar as responsabilidades e alegrias do viver. Principalmente
quando há filhos. Igualmente, a “queridinha do papai” não é capaz de dar ao
homem o amor de uma mulher e só exige mimos e paparicos ou, quer uma relação dessexualizada.
Uma das duas moças que convivem há
vários anos num relacionamento já cansou de representar seus jogos infantis e
pede por mudanças. Mas, sua parceira não é capaz de acompanhar pois está
dominada pelo desejo infantil de ser protegida. Estas parcerias tendem a se
tornar estéreis e competitivas. A vida se esvai. Falta a todos a consciência de
que o faz-de-conta da infância não dá mais conta. Pelo contrário. Traz desapontamento.
Aquele que não se reconhece responsável, capaz de responder por si mesmo permanece
infantil e fantasioso, desprovido de
energia para amadurecer. Opta pela esperança em lugar da experiência. Vida viva
é desafio! Do contrário, que merda!
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