segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

O ódio não cura o ódio.

 

O ódio não cura o ódio

Pessoas irredutíveis, prisioneiras de suas crenças, sempre acham que estão certas, mesmo diante de outros argumentos ou evidências, pois supõem que suas boas intenções justificam seus atos destrutivos.

Não estudam nem analisam a realidade, os fatos, de qualquer natureza, porque não sabem a diferença entre querer investigar a realidade e moldá-la a suas idealizações e crenças. 

Se sentem superiores em razão de suas próprias opiniões e intenções. Aceitar outras ideias é o mesmo que se submeter ao que combatem pois estão certas de que se todos pensarem como eles, irão alcançar um paraíso na terra.

Receber ajuda ou, simplesmente escutar os que pensam diferente, significa que serão manipuladas ou controladas, excluindo assim tudo que não reflete suas crenças e valores que só fortalecem no senso de identidade grupal. 

Podem reagir com muito ódio pois assim evitam sentir a fragilidade, a falta de sentido e  o vazio de suas vidas. Vivem uma vida mediana e tediosa, facilmente seguem líderes que se inflam de um poder igualmente vazio. São facilmente iludíveis pois se excitam com discursos exaltados e raivosos que prometem o que não têm para dar. E, geralmente, não se reconhecem como formadores de seitas, pois lhes falta autocrítica e capacidade de se implicarem no que vivem. 

São tão dignos de compaixão quanto qualquer sofredor que se deixa levar pela ignorância. A compaixão nos serve também de proteção do espelhamento que o ódio irracional dos outros nos provoca. A compaixão não os redime nem alivia a responsabilidade por seus atos, quando são destrutivos. Mas, inverte a lógica da ignorância travestida de sabedoria que diz que ódio deve combater o ódio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário