O
ódio não cura o ódio
Pessoas
irredutíveis, prisioneiras de suas crenças, sempre acham que estão certas,
mesmo diante de outros argumentos ou evidências, pois supõem que suas boas
intenções justificam seus atos destrutivos.
Não estudam nem analisam a realidade, os fatos, de qualquer natureza, porque não sabem a diferença entre querer investigar a realidade e moldá-la a suas idealizações e crenças.
Se
sentem superiores em razão de suas próprias opiniões e intenções. Aceitar
outras ideias é o mesmo que se submeter ao que combatem pois estão certas de
que se todos pensarem como eles, irão alcançar um paraíso na terra.
Receber
ajuda ou, simplesmente escutar os que pensam diferente, significa que serão manipuladas ou controladas, excluindo assim tudo que
não reflete suas crenças e valores que só fortalecem no senso de identidade grupal.
Podem
reagir com muito ódio pois assim evitam sentir a fragilidade, a falta de
sentido e o vazio de suas vidas. Vivem uma
vida mediana e tediosa, facilmente seguem líderes que se inflam de um poder igualmente
vazio. São facilmente iludíveis pois se excitam com discursos exaltados e raivosos que prometem o que não têm para dar. E, geralmente, não se reconhecem como formadores
de seitas, pois lhes falta autocrítica e capacidade de se implicarem no que vivem.
São
tão dignos de compaixão quanto qualquer sofredor que se deixa levar pela ignorância.
A compaixão nos serve também de proteção do espelhamento que o ódio irracional dos outros nos provoca. A compaixão não os redime nem alivia a responsabilidade por seus
atos, quando são destrutivos. Mas, inverte a lógica da ignorância travestida de
sabedoria que diz que ódio deve combater o ódio.
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